Capelinha Cristo Rei, a igreja de Padre Eustáquio

Muitos católicos do Padre Eustáquio não sabem que o beato holandês celebrava as missas na capelinha Cristo Rei, no alto da rua Itamarati, próximo à praça Tejo, de onde a vista alcança a serra do Curral.

 

Foi neste pequeno templo, hoje cercado de grades e duas palmeiras imperiais, que o beato holandês recebia uma multidão atraída pela fama de milagreiro.

 

Corria o ano de 1942 quando o religioso chegou à capelinha. Na época, a região era batizada de vila Império. Testemunhos antigos contam que o padre chegava à capelinha sobre o lombo de cavalos.

 

Os cultos na Cristo Rei ocorrem, aos domingos, às 17h.

 

 

 

Padre Eustáquio jamais celebrou uma missa na igreja conhecida pelo seu nome, pois, embora tenha até iniciado a construção, o templo só concluído após a morte do pároco, vítima de tifo (picada de carrapato).

 

Leia também:

Padre Eustáquio já foi a rua dos cinemas

 

A igreja Padre Eustáquio, que oficialmente faz parte do Santuário Saúde e Paz, começou a ser erguida, em 1943, após o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitscheck (1902-1976), doar o terreno para a paróquia.

 

JK via o pároco como santo: o ex-presidente da República acreditou que um milagre ocorrido em sua família (a gravidez da esposa, Sarah) só foi possível por intervenção do religioso.

 

Em depoimento ao Vaticano, JK afirmou que, após 12 anos tentando diversos tratamentos, Sarah Kubitscheck recebeu uma benção de Padre Eustáquio: “Cerca de 10 dias depois, constatou-se a concepção. Quando ele veio à minha casa, o recebemos mais por delicadeza do que pensando em um fato extraordinário. Como católico, admito o milagre”.

 

Leia também:

Geraldo Torres não é a única praça do Padre Eustáquio