Moradores da região querem municipalização do Aeroporto Carlos Prates

Moradores do Padre Eustáquio e outros bairros vizinhos da região Noroeste de Belo Horizonte iniciaram uma campanha pela municipalização da área onde funciona o Aeroporto Carlos Prates, que será desativado pelo governo federal em 2021, conforme anúncio feito em 2 de setembro deste ano pelo Ministério da Infraestrutura.

O aeroporto, alvo de polêmicas na região, devido aos sucessivos acidentes envolvendo aeronaves que decolam do local, foi inaugurado em 1944 e ocupa um território de aproximadamente 550 mil metros quadrados.

foto divulgada pelo coletivo de moradores

Os moradores desejam transformar o espaço num grande atrativo para a comunidade. Em razão disso, criaram um abaixo-assinado digital para que o prefeito da capital inicie as tratativas com a União para que a prefeitura assuma a gestão do espaço logo o aeroporto ser desativado.

Clique aqui para assinar o documento.

Abaixo, confira o texto divulgado pelo coletivo de moradores:

“No dia 2 de setembro deste ano, o Ministério da Infraestrutura divulgou que o aeroporto do Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, será desativado até dezembro de 2021. O imóvel do Aeroporto Carlos Prates é de propriedade da União e a destinação do imóvel ficará a cargo da Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Diante disso, nós – cidadãos e cidadãs de Belo Horizonte – vimos solicitar ao prefeito (a) da cidade de Belo Horizonte que se comprometa a iniciar as tratativas com a União, visando à municipalização da área do aeroporto do Carlos Prates. Inaugurado em 1944, o aeroporto tornou-se, com o tempo, um fator de risco para a população dos bairros que cresceram em seu entorno. Além do risco de acidentes (alguns aconteceram, nos últimos anos, inclusive com vítimas fatais), os moradores passaram a sofrer com a poluição sonora provocada pela decolagem e pouso de aeronaves. Finalmente, depois de muito esforço e diversas ações da comunidade, o aeroporto será desativado. Entretanto, é preciso que a destinação da área esteja em consonância com os anseios da população de Belo Horizonte. A municipalização da área é o primeiro passo. Resolvida essa primeira etapa, é importante que se faça um grande debate com a cidade, para que se defina sobre a destinação daquele importante espaço, cuja área total é de 547.586.99 m². Esperamos que sua gestão à frente da Prefeitura de Belo Horizonte mostre sensibilidade para com a população da regional noroeste, a mais populosa da cidade e a que apresenta o menor índice de área verde. Esperamos que essa área seja colocada a serviço de toda a cidade de Belo Horizonte,  se transformando num espaço multiuso onde não poderá faltar um grande parque onde área verde, lazer, cultura , esporte e educação sejam contemplados”.