As bibliotecas comunitárias e a formação do leitor na infância

Paulo Fernandes – Olá, pessoal!

Você conhece alguma biblioteca comunitária? Sabe como elas surgem e qual sua importância?

As bibliotecas comunitárias são importantes instrumentos para a democratização do acesso à informação e para a valorização cultural.

Paulo Fernandes é contador de histórias, escritor e mediador de leitura graduado em filosofia, pós-graduando em direitos humanos e cidadania/literatura e mantém o canal “Ler é criar asas” no Youtube. Foto: Divulgação

É importante lembrar que na Constituição Brasileira Art. 215 está determinado que o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

A leitura é fonte de cultura, portanto cabe ao estado fomentar o seu apoio através de leis que garantam o acesso. Em 10 de agosto de 2006 foi criada a portaria Interministerial no 1.442, instituindo o Plano Nacional do Livro e Leitura.

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O estado de Minas gerais realizou em 2017 o Fórum Técnico Semeando Letras, do qual fiz parte, onde deputados, governo e sociedade se reuniram para criar o Plano Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas.

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Plano Municipal de Leitura, Literatura, Livro e Bibliotecas de Belo Horizonte é um projeto construído pela sociedade civil em conjunto com o poder público. Seu objetivo é incentivar políticas para a democratização da leitura e a ampliação da participação popular na escrita.

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Mas Paulo, e as bibliotecas comunitárias? Minha cara leitora, meu caro leitor, é importante saber o que tem sido feito pelo estado em todas as suas esferas. Assim possamos entender como surgem as bibliotecas comunitárias e sua importância para formação do leitor na infância.

Para falar de como surgem as bibliotecas comunitárias, conversei com o Rafael Mussolini, que é educador mediador de leitura na Rede de Leitura “Sou de Minas Uai”, coletivo de bibliotecas comunitárias.

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Segundo o educador, as bibliotecas comunitárias nascem do desejo de um morador, de um grupo de amigos, de um educador, de uma associação ou ONG que percebe a carência do Estado em relação ao acesso ao livro, leitura e literatura em uma certa região Nesse sentido, as bibliotecas surgem sempre para tentar suprir essa falta da comunidade de um equipamento cultural que propicie, além da leitura, um apoio para aproximação de diversas outras expressões artísticas, de fruição e até mesmo que visam atender a demandas práticas de informação do dia a dia.

“As bibliotecas comunitárias são muito importantes para formação do leitor na infância por terem uma característica de investir em atividades de mediação de leitura, ” ressaltou o educador.

Rafael Mussolini destacou ainda outros dois pontos: primeiro, as bibliotecas priorizaram em seus acervos o acesso à literatura infantil de qualidade e inclusive organizam seus espaços, independente da estrutura, de forma a garantir uma boa experiência no que diz respeito à biblioteca como espaço que se pretende democratizar a leitura.

Segundo ponto, os gestores de bibliotecas comunitárias são muito sensíveis às necessidades das crianças e elas sempre se mostram atentas e dispostas a se integrarem nas atividades de leitura proposta”.

Eu já realizei contações de histórias em diversas bibliotecas comunitárias e pude perceber o cuidado e atenção voltada para formação das pequenas e pequenos leitores. Os profissionais presentes nas bibliotecas buscam o aperfeiçoamento permanente através de cursos, seminários e palestras.

E você, conhece alguma biblioteca comunitária? Se conhece, nos conte como foi sua experiência. Para quem não conhece, deixo aqui o site da Rede de leitura “Sou de Minas, uai”.

www.soudeminasuai.com

Hoje meu agradecimento vai especialmente para o Rafael Mussolini pela disponibilidade, gentileza e pela luta em prol da leitura.

Até semana que vem!

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