Pelo bem de todos

Sara Ribeiro, de 11 anos, chegou toda pomposa para tratar os longos fios castanhos no salão de beleza HL Studio Hair. Teve direito a um combo, no valor de R$ 100, que inclui corte, hidratação e escova. A adolescente foi uma das duas dezenas de pessoas sorteadas no Natal Solidário, a primeira campanha promocional do Grupo de Empreendedores do Padre Eustáquio (Gepe).

Hugo, do HL, ofereceu um combo especial a Sara. Foto: Divulgação

A ação social dos lojistas é o tema de mais uma reportagem da série “De mãos dadas com o Padreco”. O grupo arrecadou donativos (alimentos, brinquedos, produtos de higiene pessoal e limpeza) que foram entregues a instituições filantrópicas ligadas às igrejas católicas e evangélicas da região.

“União que faz a força”, comemorou Hugo Leonardo, dono do salão HL. Ele e a comerciante Camila Burgarelli, da Trelelê Fantasias, representaram o Gepe na entrega dos donativos. “Já estamos pensando em campanhas para carnaval, Dia das Mães…”, adiantou a empresária.

Parte do material arrecadado foi doado à creche Padre Eustáquio, ligada à igreja católica e onde estudam 250 crianças de até 6 anos.”Os brinquedos e os alimentos terão muita serventia à meninada, pois a maioria é de famílias, financeiramente, humilde”, agradeceu Carlos Ferreira, coordenador da instituição.

Outra parte dos donativos foi levado à Power Church, templo evangélico que mantém projetos sociais com pessoas carentes. Paulo Roberto Santos, representante da igreja, não escondeu a gratidão ao receber os donativos: “Os alimentos, materiais escolares e produtos de higiene serão de grande valia para centenas de famílias”.

Por trás das doações, o grupo desempenhou responsabilidade social. O presidente da Fundação CDL-BH, Vilson Mayrink, que também é lojista, ressalta que a ação é sinônimo de progresso: “A importância de cada pessoa (física ou jurídica) para uma comunidade é porque a gente não vive sozinho. Quem serve mais à sociedade, tem mais resultados”.

Ações sociais de comerciantes, continua ele, ajudam a melhorar o rumo de muitas famílias, contribuindo para uma sociedade melhor: “A Fundação tem, por exemplo, o Programa Educação e trabalho (PET): preparamos jovens de 15 a 20 anos para o mercado de trabalho. Devolver o que se ganha à população é importante”.

Da mesma forma, Júlia Padovezi, analista do Sebrae Minas, destaca que ações sociais ajudam no desenvolvimento do bem-estar da comunidade e beneficiam a divulgação das próprias marcas: “Para que uma comunidade usufrua do produto e serviço, é preciso o desenvolvimento econômico local. Para que isso ocorra, é importante que empresas promoção essas ações”.

Ela finaliza: “As empresas se unem para ações e há o retorno por parte da população (para os empreendedores). É um diferencial junto ao consumidor quando empresas enaltecem o social, o ambiental…”.