Você chama isso de parque?

Construído para o lazer dos moradores do Padre Eustáquio, o parque Maria do Socorro Moreira clama por socorro. Local foi abandonado pelo poder público.O parque de 97.600 metros quadrados, no fundo aeroporto Carlos Prates, foi inaugurado com pompa pela prefeitura em 2000, mas, prestes a completar a maioridade, se tornou alvo de vândalos.

Os mictórios e as pias dos vestiários foram destruídos. Espelhos, arrancados. Vidraças, quebradas. Portas, surrupiadas.

O que foi bonito em 2000… (PBH/divulgação)

… encontrou a companhia do abandono em 2017.

A depredação não poupou sequer os equipamentos da academia a céu aberto. Já as guaritas, que deveriam ser ocupadas por seguranças, se tornaram moradias de sem-teto. Por sua vez, o mato cresceu e deu lugar a bota-fora.

Resultado: o que deveria ser um cartão-postal passou a ser frequentado por usuários de drogas.

“Um abandono total. A palavra para isso é descaso. Precisamos nos unir, sociedade e poder público, para, de alguma forma, revitalizar o parque. É uma área que deve ser usada para o esporte e o lazer. Mas o que a gente vê, hoje, é um completo abandono”, reclamou o empresário Gleidson Braga.

A história do Maria do Socorro Moreira começou quando a Infraero doou à prefeitura o terreno,  uma área entre o Anel Rodoviário e a Avenida Pedro II, por meio de um contrato de concessão. Àquela época, o local surgiu com status de um parque com diversos atrativos: campo de futebol, quadra poliesportiva, pista de skate, academia a céu aberto etc.

Vandalismo no vestiário

Dezessete anos depois, muita coisa mudou. De um lado, vândalos destruíram os equipamentos. De outro, o poder público abandonou a área. A concessão do terreno da Infraero à prefeitura venceu no ano passado, segundo a Fundação Municipal de Parques e Jardins, e não foi renovada.

Portanto, o município entende que não é mais o responsável pela área. Questionada pelo portal, a Fundação não informou quando e se o contrato será renovado. Já a Infraero, também procurada pela reportagem, optou pelo silêncio.

Diante do descaso do poder público, restou a um grupo de moradores arregaçar as mangas e evitar o pior. A cada 15 dias, eles aparam a vegetação e recolhem parte do lixo. Um deles é o empresário Gleidson Braga. Ele e amigos criaram uma página no facebook para estimular a comunidade a ajudá-los e ao mesmo tempo exigir do poder público a revitalização da área.

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