Faixa azul chega ao Padre Eustáquio e Caiçara

Cinquenta anos depois de ser criado por lei em Belo Horizonte, o polêmico Faixa Azul estreia no Padre Eustáquio e Caiçara. Desde a terça-feira 9 de novembro, a exigência do rotativo passou a ser obrigatória nos quarteirões da Henrique Gorceix que vão da Rio Pomba (Padre Eustáquio) à Ramos de Azevedo (Caiçara).

 

O motorista atento percebe que são apenas dois quarteirões, divididos pela Pedro II. Mas a leitura precisa ser mais ampla: trata-se do início da implantação do sistema em dois bairros populosos e cujo tráfego de veículos é intenso. A expectativa é que, dependendo da disputa por estacionamento em via pública, o rotativo seja estendido a outras vias do Caiçara e Padre Eustáquio, a exemplo do que ocorre em mais bairros da capital mineira.

 

E é bom que o condutor fique atento mesmo. Se de um lado a folha do talão custa R$ 4,40. Do outro, a multa ao infrator é de R$ 195,23.

 

O talão é obrigatório, nos dias úteis, das 8h às 18 h, e nos sábados, das 8h às 13 h. O prazo máximo permitido para o estacionamento será de duas horas. Segundo a BHTrans, serão implantadas 39 vagas físicas. Se todos obedecerem a regra, elas se transformarão em 195 rotativas.

 

A “novidade” chega no mês em que a lei que criou o rotativo em Belo Horizonte completa 50 anos. A título de curiosidade, o estacionamento rotativo pago em BH foi criado pela Lei 1.410 de 9/11/1967, regulamentada pelo Decreto 2.388 , de 25/7/1973. A implantação de áreas com exigência do rotativo teve início em 1976.

 

 

A BHTrans justificou que o rotativo aumenta a oferta de vagas nas regiões de grande concentração de comércio, serviços e lazer, oferecendo aos motoristas mais oportunidades de estacionamento e contribui para melhorar a qualidade de vida, com o aumento da fluidez do trânsito.

 

Atualmente, o sistema conta com 22.115 vagas físicas na cidade. Se respeitado o tempo de permanência máximo, elas se transformam em 102.809 oportunidades de estacionamento em 857 quarteirões.