Do lado de fora da cultura

Entorno do Centro Cultural Padre Eustáquio, ponto de encontro de jovens e adultos, se transformou em bota-fora. População de rua é outro problema distante de solução.

Frequentadores lamentam a situação na área externa do tradicional espaço cultural, que funciona na mesma construção da feira coberta, entre a rua Jacutinga e a Pará de Minas. A má educação deu lugar a um bota-fora no canteiro que deveria ser parte de um jardim.

Bota-fora no que deveria ser um jardim

Garrafas quebradas, papelões queimados e outros objetos são descartados frequentemente num espaço ao lado da academia a céu aberto.

O aumento da população sem-teto é outro problema que retira o charme do lugar. Moradores em situação de rua colocaram móveis próximos a uma das entradas, transformando o espaço numa espécie de sala de estar.

Há sofás, colchões e cadeiras. Voluntários e agentes de instituições ligadas ao serviço social municipal já convidaram os sem-teto para conhecer os abrigos da cidade, onde podem fazer higiene pessoal e se alimentarem.

“Mas lá tem regras que não conseguimos seguir, infelizmente”, lamentou uma das ocupantes da sala de estar logo após pedir uns trocados para comprar um copo de aguardente. “Não vou mentir para o senhor não. O dinheiro é para espantar o frio”.

Nem os equipamentos da academia a céu aberto escapam da sujeira

Apesar dos problemas externos, o centro cultural continua com extensa programação para jovens e adultos. Até 25 de julho, por exemplo, haverá oficinas gratuitas de teatro, numa parceria com a Flores de Aço Produções, para pessoas dos 12 aos 16 anos.

Foram disponibilizadas 20 vagas. Já na última sexta-feira de cada mês ocorre a Feira de poesia.